Steve Jobs disse uma vez:
“Você só consegue conectar os pontos olhando para trás.”
E é verdade. A gente só entende o desenho depois que o traço foi feito.
Mas enquanto está traçando… é confuso. É caótico. É dolorosamente sem sentido. Você acorda todos os dias e faz o que precisa ser feito. Segue o plano, cumpre a rotina, entrega o melhor. Mas por dentro… algo ainda parece desalinhado. Como se estivesse vivendo num esboço. Como se o que você está fazendo não se conectasse com quem você está se tornando.
E aí vem a dúvida. A cobrança. A culpa.
Você se pergunta: “Será que eu errei o caminho?” “Será que perdi tempo?” “Será que nada disso importa?”
Mas a verdade é que o tempo, ele não anda em linha reta. Ele anda em espiral.
Ele te leva de volta a lugares parecidos… só pra ver se você está diferente. E quando você olha pra trás com a consciência que tem hoje, percebe que tudo o que viveu não foi um castigo. Foi lapidação. Foi semente. Foi solo. Você não consegue voltar atrás. Mas pode escolher honrar o que veio antes… sendo quem você é agora.

Lembra daquela sensação de “eu devia ter feito diferente”?
Ela só existe porque você evoluiu.
Só sente isso quem cresceu. Só percebe isso quem já não é mais o mesmo. E ironicamente, se tivesse feito diferente, talvez nunca tivesse se tornado alguém que pensa assim.
Paradoxo. Lei de Murphy… Chame como quiser. Uma coisa é fato. A mente adora linearidade. Mas o coração… entende os desvios.
Outro dia, escrevi no meu caderno:
“O melhor momento de plantar uma árvore é hoje. Você já tem tudo o que precisa. Mas queria que ela já estivesse dando frutos. Talvez, se tivesse… não daria o valor que dá agora.”
Talvez a colheita ainda não veio porque você não teria maturidade pra lidar com ela. Talvez a árvore ainda não apareceu porque suas raízes ainda estão sendo firmadas. Talvez esse silêncio seja só um convite pra confiar mais em você.
No tempo. Na promessa. Na jornada.
Você pode não estar vendo os frutos ainda. Mas isso não significa que a árvore está errada. Significa que ela ainda está crescendo. Silenciosamente. Internamente. Profundamente.
A maturidade não vem quando algo dá certo. Ela começa quando você entende por que, mesmo quando nada dá certo… você ainda continua. Porque existe uma força maior do que o resultado: a fé no processo.
Talvez hoje tudo ainda pareça desconexo. Mas preste atenção, as peças já estão sendo montadas. Os pontos estão se formando. O tempo está costurando tudo no invisível.

E quando você olhar pra trás… vai entender.
Vai agradecer. Vai se reconhecer.
O passado não precisa ser apagado. Ele só precisa ser ressignificado.
Porque agora, você sabe. Sabe o que carrega, o que busca, o que precisa cultivar.
A árvore ainda não cresceu. Mas a semente… A semente já entendeu o que precisa fazer.
E você vai conseguir conectar os pontos…
Com carinho,
Alexandre Von.